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terça-feira, 15 de março de 2011

Areias do tempo


Hoje,
Amanhã e depois.
O passado esqueceu-me,
O presente não me conhece
O futuro nem se vai lembrar de mim.
Os dias passam.
Já não me preocupo em contá-los.
Horas,
Minutos e segundos
Passam a correr, mas o relógio está parado.
Esqueci-me do calendário,
Está cheio de pó,
Já não sei á quanto tempo não troco a data.
O tempo avança mas eu parei no tempo.
Penso para mim mesmo,
Para quê avançar?
Na minha consciência não passamos todos
De simples grãos de areia,
Gastos pelo tempo
Num circulo de experiências rotativas
Do qual nunca nos libertaremos.

Como eu gostava de quebrar esse circulo.